segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Copa Davis, a ressaca de segunda feira... Vamos para a repescagem do Grupo Mundial.

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Nesse sábado vimos o que é preciso para sair vitorioso numa quadra de tênis.
A dupla brasileira Marcelo Melo e Bruno Soares mostrou ser uma parceria coesa mesmo jogando em separados na temporada passada e tenho certeza que se repensarem os problemas e o desgaste que as vezes uma parceria causa, podem jogar novamente juntos e alcançar patamares mais altos e maiores conquistas.
Os Bryans haviam recentemente conquistado o Australian Open e estavam cheios de confiança e moral, mas foi emocionante ver a dupla brasileira vencer e dar um pequena esperança para o Brasil.
No domingo eu já achava que Bellucci iria entregar o jogo para Isner, o brasileiro surpreendeu e venceu no quinto set com muita propriedade. Se Bellucci jogar assim o resto da temporada conseguirá maiores conquistas.
O que falar de Tiago no último e decisivo joga da competição?
Não adianta ter a Davis no coração como comentou, pois isso não vai fazer a menor diferença se você não aproveitar as chances que lhe são dadas durante a partida. Não adianta usar uma empunhadura que a bola não anda e gritar a cada vez que bate na bola que ela não vai andar mais... Querry não jogou o que jogou contra Bellucci e achei que como Tiago, se jogasse como jogou contra Isner, pudesse fazer frente contra o americano e sairmos de Jacksonville com a vitória... Ledo engano, Tiago não jogou bem e não teve golpes poderosos para desequilibrar o americano no fundo da quadra. Novamente ficou fugindo de seu backhand para atacar de forehand e sem sucesso. as bolas quicando pouco depois da linha de saque.
Mais uma vez vamos amargar a repescagem do grupo mundial...
Um forte abraço a todos.
Brito

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Copa Davis

Hoje começou a primeira rodada da Copa Davis. Que perder nessa rodada, volta para disputar vaga no grupo Mundial.
Brasil X EUA.
Só vou falar do jogo Brasil X EUA pois somente estão transmitindo esses jogos, gostaria de assistir outros para comenta-los também, mas vamos lá.
O primeiro jogo foi do Bellucci contra Sam Querry. Não dá pra assistir os jogos do brasileiro sem se irritar profundamente. Já fiz vários comentários sobre a maldita empunhadura dele e que só sabe dar gemidos quando bate na bola e nada, a bola não anda... Presa fácil para o americano que só precisou uma quebra em cada set para liquidar o jogo. Irritante, volto a repetir.
Acabou de acabar o jogo do Tiago silva contra Isner. O americano que distribuiu aces do 19º andar liquidou a partida também em 3 sets. O mais importante a ser mencionado é que Tiago deu mais sufoco para o americano, mas vacilou nos momentos importantes como no tie break do segundo set e no terceiro que perdeu a consistência. O mais interessante também em comentar é que o brasileiro foge o tempo todo da esquerda para bater de forehand e o Tiago não tem essa velocidade toda e acaba chegando atrasado em algumas bolas, e fica a dica, quando você foge o tempo todo de um golpe para executar o seu golpe melhor, cada vez mais você perde confiança no golpe em que você já é deficiente. Muito gemido também com a mesma empunhadura de Bellucci e sem fazer a bola andar. O jogo só demorou um pouco mais por que Isner jogou pessimamente do fundo da quadra.
Amanhã tem duplas. Os brasileiros conta a dupla nº 1 do mundo. Pedreira pura.

Tô de volta!!!

Depois de me dedicar a minha carreira profissional, decidi dar um tempo no blog e agora posso me dedicar um pouco mais.
O que falar do Australian Open???
Vimos um Murray cada vez mais consistente, um sempre aguerrido Ferrer, um Del Potro melhorando a cada dia depois de sua volta e um Roger Federer sentindo o peso da idade.
As bolas do Federer não estão andando do jeito que costumava, principalmente contra os jogadores top do ranking. A semifinal mostrou de forma que o Murray devolvia as bolas numa consistência irritante, as bolas do suíço quicando cada vez mais perto da linha de saque. Apesar do 3x2 para o escocês, os dois sets que Federer ganhou foram em poucos vacilos que Murray cometeu no tie break.
A Final.
Deixei para falar de Djoko nesse último parágrafo para deixar claro que para ganhar do sérvio tem que estar em outro nível. essa temporada, como a anterior Nole vem mostrando porque é o número um do ranking.
Firmeza nos golpes do fundo, antecipação das jogadas, uma concentração como vi em poucos e sem deixar de se divertir em quadra, como o jogo contra Stepanek.
O sérvio ficará no topo do ranking ainda por muito tempo. Merecido o campeonato, pois apesar do começo lento do primeiro set que perdeu no tie break para o escocês, a partir do segundo vimos ^Murray sentir o jogo do sérvio tomando conta.

domingo, 3 de junho de 2012

De virada, o sonho do 'Novak Slam' sobrevive


Site oficial
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Paris (França) - Foi no sufoco. Após cinco sets, enorme esforço e 4h10 de batalha, o sérvio Novak Djokovic conseguiu uma grande virada para avançar às quartas de final de Roland Garros. O número 1 do mundo perdeu os dois primeiros sets para o italiano Andreas Seppi, 25º do ranking, por 4/6 e 6/7 (5-7), mas se recuperou e marcou depois 6/3, 7/5 e 6/3.

O 'Novak Slam' continua então possível. Djokovic venceu consecutivamente Wimbledon, US Open e o Aberto da Austrália e pode se tornar o primeiro homem desde 1969 a vencer os quatro torneios de categoria Grand Slam consecutivamente. Seu adversário sairá do duelo entre o francês Jo-Wilfried Tsonga e o suíço Stanislas Wawrinka.

Diante de um domingo de muito vento na quadra central, Seppi ousou mais. Escolheu atacar o adversário com paralelas de backhand e pouco a pouco a tática se mostrou eficiente. Obteve a quebra decisiva no nono  game do primeiro set, fechando em seguida com firmeza, e voltou a abrir grande vantagem na série seguinte, novamente com 5/4 e saque a favor.

Só então Djokovic demonstrou poder de reação. Conseguiu igualar a partida, salvou um break-point com ace e virou para 6/5. O italiano levou ao tiebreak e aí mostrou frieza, atacando na hora certa e não dando oportunidades ao número 1 do ranking, que novamente pareceu incomodado com as rajadas de vento. Seu pior defeito era o baixo aproveitamento do primeiro saque, que foi de 60% no primeiro set e 67% no seguinte, com 17 erros em cada parcial.

O italiano começou a perder rendimento no terceiro set, mas Djokovic ainda demorou para aproveitar o momento. O sérvio obteve três quebras, porém nas duas primeiras não confirmou seu game de serviço. Finalmente, após a terceira, disparou no placar. Ganhou seis games seguintes e foi para 3/0 no quarto set. Mas nada seria tão fácil. Seppi ainda reagiu e empatou no sexto game, só se entregando quando sentiu demais a pressão de sacar no 5/6.
Após 3h33, os dois chegaram ao quinto set., onde o histórico do sérvio era de 15-5 e do italiano, 10-9. Djokovic fez então valer sua maior confiança e conseguiu chegar à vantagem de 4/2 e daí para a frente administrou o serviço até completar a partida, que levou no total 4h18.

Os números finais indicaram que Djokovic acertou 69% do primeiro saque, com baixo aproveitamento de 69% desses pontos, acertando 52 winners (contra 50 do italiano) e cometendo 77 erros (diante de 81). Obteve nove quebras em 22 chances.

Esta foi a oitava vitória consecutiva de Djokovic sobre Seppi e o jogo marcou a terceira vez na carreira em que o sérvio se recupera depois de perder os dois primeiros sets. Com 25 triunfos consecutivos em Slam, ele chega à terceira melhor marca da Era Profissional, superado por Rod Laver (29) e Roger Federer (duas de 27), igualando-se a Rafael Nadal, Pete Sampras e Jimmy Connors.
Impressionante o poder de superação do sérvio na partida. Ver o italiano jogando solto foi surpreendente. Seppi não sentiu a pressão de jogar contra o nº 1 e foi pro jogo não dando chances para Nole que também por causa do vento não conseguiu fazer uma boa partina nos dois primeiros sets. A partir do terceiro vimos o sérvio tirar da cartola mais uma superação. A grande diferença entre os jogadores top, é ver que mesmo sem estar jogando bem, conseguem chegar a vitória. Segue vivo o sonho do Novak slam. Fica a torcida.
Federer leva susto, mas consegue virada sobre fã

Divulgação
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Paris (França) - Assim como aconteceu nas duas últimas rodadas, mais uma vez o suíço Roger Federer precisou de quatro sets para vencer em Roland Garros. Só que neste domingoi ele saiu atrás, perdendo a primeira parcial, mas conseguiu se recuperar e bateu o belga David Gofin de virada, com 5/7, 7/5, 6/2 e 6/4, e se assegurou nas quartas de final de um Grand Slam pela 36ª vez.
Segundo maior quadrifinalista em Slam, ao lado do norte-americano Andre Agassi, e atrás apenas do norte-americano Jimmy Conors, com 41, Federer tem agora pela frente o vencedor do duelo envolvendo o tcheco Tomas Berdych e o argentino Juan Martin del Potro. O suíço tem ampla vantagem no retrospecto tanto contra “Delpo”, com 11 vitórias em 13 jogos, quanto contra Berdych, também com 11 triunfos, só que em 15 partidas.
Fã declarado do suíço, Gofin ignorou a idolatria e largou muito bem na partida. Jogando de igual para igual com o ídolo, o belga não só complicou bastante a vida de Federer, mas também anotou um quebra providencial quando o número 3 do mundo sacava em 5/6 e saiu na frente, vencendo o primeiro set. Na segunda parcial, o tenista de 21 anos manteve a grande atuação, mas acabou sucumbindo na reta final.
Desta vez foi Federer que superou o serviço do rival no fim do set, sacando em seguida para empatar o jogo e devolver o placar do set anterior. A vitória na segunda parcial colocou Federer de vez na partida, principalmente por conta do belga ter acusado um pouco o duro golpe que foi perder o segundo set. O suíço aproveitou o momento, anotou duas quebras sobre Goffin e virou o placar.
A quarta parcial começou muito bem para o atleta da Basileia, que logo de cara superou o saque do rival e abriu 2/0. Em desvantagem, Goffin até teve uma chance de devolver a quebra, mas não conseguiu e acabou derrotado por Federer, que só havia perdido dois jogos contra belgas, justamente os dois primeiros, vindo desde então de uma sequência de 22 triunfos seguidos.
Embora tenha amargado a derrota neste domingo, Goffin tem alguns bons motivos para comemorar sua campanha em Roland Garros, passando pelo qualificatório e entrando na chave como locky-loser. O belga de 21 anos vai disparar no ranking com as oitavas em Paris, sairá da atual 109ª colocação para o 64º posto. De quebra, ele se aproxima de uma vaga nas Olimpíadas de Londres, cujo corte deve ficar em torno dos 60 primeiros da lista da ATP.
Nesse momento estava assistindo jogo do sérvio e não tenho como comentar a partida, mas tenho a impressão que Federer tirou um pouco o pé do acelerador no final do primeiro set para dar o gostinho de vencer um set do ídolo, mas acho que esse segredo irá ficar guardado por muito tempo.
Um abraço, Brito. 

Djokovic fecha patrocínio com marca japonesa


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Paris (França) - Depois de romper com a marca italiana Sergio Tacchini, o sérvio Novak Djokovic apresentou nesta quarta-feira seu novo patrocinador de roupas. Depois de Roland Garros, o número 1 do mundo vestirá a marca japonesa Uniqlo, que já atua no tênis patrocinando o nipônico Kei Nishikori.
Vestindo uma roupa toda branca da Uniqlo em sua apresentação para a imprensa em Paris, Djokovic disse aos repórteres que poderá interferir no desenho de suas vestimentas. O acordo com o sérvio de 25 anos de idade dá à marca japonesa uma maior exposição global, já que até então ela tinha como foco principal os atletas olímpicos do país.
Controlada por Tadashi Yanai, o homem mais rico do Japão, a Uniqlo pretende expandir os seus negócios para depender menos do mercado interno e por isso a presença de um nome como Djokovic em seu plantel ajuda a marca a se espalhar pelo mundo. A ideia é abrir várias lojas na França e Inglaterra e depois se expandir por toda a Europa.
Não há cláusula de rescisão no acordo da Uniqlo com Djokovic, segundo uma pessoa familiarizada com a situação que não quis ser identificada. Os termos financeiros da parceria também não foram divulgados. "É hora de seguir em frente", disse Djokovic disse nesta quarta-feira sobre o rompimento com a Sergio Tacchini.
Na realidade o sérvio iria usar somente a roupa do patrocinador após o aberto francês, mas tenho certeza que fizeram uma pressaõ tremenda para que ele fizesse a estréia no torneio já com o novo patrocinador. O staff de Nole continua usando o antigo patrocinado, Sérgio Tachinni, por pressão.
Um abraço e desculpem pela ausência, Brito

segunda-feira, 21 de maio de 2012

'Cometi muitos erros', admite Djokovic após vice



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Djokovic cometeu 42 erros não-forçados na final
Roma (Itália) - Novak Djokovic afirma ter gostado da semana que fez no Masters 1000 de Roma, no qual foi vice-campeão, mas reconheceu que vacilou na final contra Rafael Nadal. O sérvio cometeu 42 erros não-forçados e perdeu seis break-points em toda a partida.
"Cometi muitos erros e também não acho que ele jogou tão bem. Chego confiante a Paris e acho que fiz uma boa semana", disse o número 1 do mundo. Djokovic garantiu a liderança do ranking até a temporada de grama.
O sérvio sofreu duas derrotas para Nadal no saibro neste ano, em Roma e na final de Monte Carlo. "Ele sempre é o favorito, mesmo depois das sete vitórias que eu tive. Ele é o melhor do mundo nesse piso. Acho que o jogo de hoje foi até disputado, mesmo ele vencendo em sets diretos. Se você não aproveitar as chances contra o Rafa, ele cresce".
Sem conseguir repetir os Masters 1000 no saibro do ano passado, Djokovic quer evitar lembranças. "Não vou comparar esse ano com o passado", disse. O sérvio mostrou bastante irritação em Madri e Roma e quebrou mais uma raquete durante a final. "São minhas emoções em quadra. Mostro as boas e as ruins".
"Tudo mudou no 5/5. E eu fiz erros incríveis. O que poderia fazer? Nadal está do outro lado da chave e você precisa de uma bola precisa e talvez faça muita força. Mas, como eu disse, foi uma boa semana e ele mereceu ganhar", completou.
Para Djokovic, a partida desta segunda não indica uma mudança na rivalidade entre os dois, só uma diferença de resultado. "Não acho que ele mudou muita coisa tática. Sempre quando nos enfrentamos, é acirrado e com poucas diferenças".
Como disse no post anterior, vacilar contra o espanhol do outro lado da quadra do jeito que estava jogando a semana toda é "morte na certa,

Nadal é hexa em Roma e volta a ser o número 2



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Nadal venceu 49º título da carreira
Roma (Itália) - Rafael Nadal mostrou mais uma vez por que sempre é o favorito em torneios disputados no saibro. O espanhol faturou o sexto troféu no Masters 1000 de Roma com vitória sobre Novak Djokovic, parciais de 7/5 e 6/3 em 2h20. Além de embolsar  460.260 e ir a Paris invicto no saibro vermelho em 2012, Nadal será o cabeça de chave 2 em Roland Garros.
No ranking que a ATP deve divulgar nas próximas horas, Nadal terá 10.060 pontos, 1.740 a menos do que o sérvio. Já Roger Federer, que parou na semifinal, ficará com 9.790 e só voltará a ter chances de liderança na temporada de grama. Dessa maneira, o suíço muito provavelmente encontraria o sérvio ou o espanhol numa semifinal em Paris.
Nadal é mais uma vez o recordista único de títulos de Masters 1000, com 21 troféus, deixando Federer com 20. O espanhol disputou sua 70ª final da carreira e venceu a 49ª, 35ª no saibro. O tenista de Mallorca está a cinco títulos da marca de Thomas Muster e a 10 de Guillermo Vilas, podendo se solidificar nos próximos anos como o melhor tenista no saibro da história.
Contra Djokovic, Nadal conseguiu a 18ª vitória em 32 encontros, 12ª no saibro. As únicas vezes que o sérvio derrotou o espanhol na superfície foram nos Masters de Madri e Roma do ano passado. Com dois títulos (na quadra sintética) em 2012, Djokovic tentará em Roland Garros ser o primeiro a ganhar quatro Slam seguidos desde Rod Laver. O número 1 completa 25 anos nesta terça-feira.
A final, que não foi disputada no domingo por causa da chave em Roma, começou parecida com os encontros recentes de Nadal e Djokovic: trocas de bola e games extremamente longos. O sérvio não foi tão agressivo quanto na semifinal e, mesmo assim, cometeu muitos erros não-forçados. Nadal quebrou primeiro, mas cedeu o saque de volta em seguida.
Quando Nadal sacava em 4/5, um juiz de linha errou uma marcação de um ponto que Djokovic dominava, deixando o número 1 extremamente irritado. Nadal aproveitou o descompasso mental do rival e venceu três games seguidos para fechar o set. Djokovic então quebrou uma raquete e foi advertido.
Nadal quebrou Djokovic imediatamente no começo do segundo set e salvou seis break-points durante toda a parcial para manter a vantagem e garantir a vitória. O sérvio cometeu 41 erros não-forçados na partida , incluindo uma dupla-falta no match-point. Agora o sérvio e o espanhol viajam para a França em busca do segundo Slam da temporada.
O sérvio novamente vacilou nos momentos chaves da partida e como de costume, Nadal toma conta da quadra nesses momentos.
Merecida vitória do espanhol que jogou de maneira irretocável durante toda semana.
Um abraço, Brito.

domingo, 20 de maio de 2012

'Rafa não é tão técnico como Federer', admite tio



Arquivo
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Toni Nadal destaca a força mental do sobrinho
Madri (Espanha) - Toni Nadal, tio e treinador de Rafael Nadal, está convencido que o tenista perfeito reúne as melhores qualidades do suíço Roger Federer e do sérvio Novak Djokovic com a força mental de seu sobrinho. Ele também negou que “Rafa” tenha seu jogo baseado apenas no físico.
“Claramente ele (Nadal) não é virtuoso como Federer, mas não se pode pensar que seu jogo é baseado apenas no físico. Isso é uma falta de bom senso”, disparou Toni, que também listou as qualidades do tenista perfeito. “Ele teria a facilidade de golpear de Federer, a tática e o sacrifício de Djokovic e a mentalidade de Rafael”, comentou.
O treinador de Nadal reconhece ter sido muito exigente com o pupilo, mas afirma que sempre soube até onde poderia ir. “Fui duro com ele por ser meu sobrinho, com outros jogadores não teria sido tão duro. Você precisa ser exigente se quiser chegar no topo e não conformar-se nunca”, explicou Toni.
Para Toni Nadal, a fortaleza mental de seu sobrinho se explica por sua mentalidade que deseja melhorar continuamente. “É importante estar sempre motivado, não só nas partidas, mas também em seguir evoluindo e nunca estar satisfeito com o que já fez”, acrescentou o treinador do número 2 do mundo.
“Rafa tem uma grande concentração para o tênis, que é um esporte basicamente mental. Ele jamais quebrou uma raquete no chão, primeiro pela questão econômica e segundo por significar deixar que a adversidade vença, o que não é permitido jamais”, comentou Toni Nadal.
Seria o tenista perfeito... O suíço desliza pela quadra, o sérvio voa, e o espanhol tem um espírito de luta e um domínio dos espaços que poucos no circuito tem.
Um abraço, Brito

sexta-feira, 11 de maio de 2012



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Madri (Espanha) - Toni Nadal, treinador e tio do espanhol Rafael Nadal, classificou como uma absurdo o que a ATP fez em permitir que se disputasse o Masters 1000 de Madri em uma superfície assim. Além de lamentar o saibro azul, ele também revelou que chegou a pedir a seu pupilo que não participasse do torneio.
“O fato da ATP dar permissão para este torneio é uma barbaridade. Eu disse repetidas vezes a Rafa para que não viesse, mas para ele jogar em Madri é um dos momentos mais aguardados do ano”, afirmou o treinador. “Acontece que a organização acaba prejudicando justamente os jogadores espanhóis, que são especialistas no saibro”, acrescentou Toni à rádio espanhola Onda Cero.
O treinador revelou que, após a verificação da composição da quadra, ele a seu sobrinho não para competir no torneio. "Se ele tivesse escutado, não tinha jogado este ano. Inclusive eu reforcei o meu pedido quando estávamos treinando aqui", disse Toni, engrossando as reclamações quanto ao saibro azul, que segundo a maioria dos jogadores não dá estabilidade.
Toni Nadal disse que são dois os culpados, tanto a ATP, que permitiu a utilização do piso, quanto o promotor do torneio, o romeno Ion Tiriac, pedindo inclusive sua saída do cargo. "Quem esse homem acha que é para mudar os costumes e hábitos dos jogadores. Mas, pelo menos, Tiriac pediu desculpas a Rafa após o jogo”, declarou o técnico.
Como comentei no post anterior, o piso de Madri pode ser escorregadio e tal... Mas como Federer e Djokovic tem conseguido chegar mais longe??? É mais simples do que parece: Nadal jogou muito abaixo do que costuma jogar e Verdasco jogou muito acima do que costuma jogar. Essa foi a tônica do jogo.
Um abraço a todos, Brito.

Com reação histórica, Verdasco enfim bate Nadal

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Madri (Espanha) - Em duelo emocionante, o número 2 do mundo Rafael Nadal conheceu sua primeira derrota diante do compatriota Fernando Verdasco. Em jogo de muitos erros e quebras para os dois lados, Verdasco saiu de desvantagem de 2/5, viu o adversário sacar duas vezes para fechar o jogo e ainda assim despachou o canhoto de Mallorca pela primeira vez em 14 duelos com parciais de 6/3, 3/6 e 7/5, após 3h10 de confronto.
Com o triunfo inédito, Verdasco se classificou para as quartas de final no saibro azul e agora vai medir forças com o tcheco Tomas Berdych, responsável por arrasar o francês Gael Monfils com duplo 6/1, em apenas 50 minutos. Será o 14º encontro entre o espanhol e Berdych, sendo que o retrospecto é amplamente favorável ao número 7 do mundo, com nove vitórias e quatro derrotas.
Nadal não teve um começo de partida muito bom e somou três winners e 15 erros não forçados durante o primeiro set. O desempenho abaixo da média foi bem aproveitado por Verdasco, que conseguiu uma quebra logo de cara e abriu 2/0, viu o compatriota devolver a desvantagem, mas novamente bateu o saque do canhoto de Mallorca e faturou a parcial.
O segundo set teve um início favorável ao número 2 do mundo, que anotou quebra já no quarto game. Porém, com três erros seguidos, Nadal entrega o sétimo game para o rival, que logo em seguida perde o saque mais uma vez. Verdasco não conseguiu se recuperar e a definição foi para o terceiro set.
Repleta de quebras, a parcial decisiva foi de altos e baixos para os dois lados. Nadal começou melhor e anotou duas quebras seguidas, chegando a fazer 4/1 para cima do compatriota. O madrilenho não se abateu e devolveu uma das quebras, só que logo em seguida perdeu mais um serviço. Então, o vice-líder da ATP sacou em 5/2 para o jogo e falhou. Ele voltou a sacar para fechar em 5/4 e novamente não conseguiu.
Depois de se salvar duas vezes no saque do rival, Verdasco confirmou o seu serviço e pressionou Nadal no saque. O canhoto de Mallorca salvou o primeiro match-point com um ace, mas não escapou do segundo e enfim perdeu a primeira para o compatriota, depois de anotar 13 vitórias seguidas. No geral, os dois espanhóis somaram 82 erros não forçados no duelo, sendo 44 de Verdasco e 38 de Nadal.
Verdasco havia perdido 13 das partidas que havia jogado contra Nadal e somente aqui conseguiu exito no jogo. O que é mais importante resaltar é que Nadal sacou duas vezes para fechar e encolheu o braço como há muito tempo não vejo o espanhol jogar de forma tão insegura. Tenho certeza que o saibro azul pode ter uma parcela de culpa nesse episódio, mas não é o fator principal da derrota de Nadal. Se o saibro azul fosse tão ruim, seria para todos os tenistas e Nadal conseguiria sair vitorioso.
Um abraço a todos, Brito. 
As chances de quebra também foram muitas, ao todo o duelo teve 25 oportunidades de quebra. Verdasco teve melhor aproveitamento nos break-points, concretizando 70% dos que teve a seu favor, sete em dez, ao passo que Nadal desperdiçou 11 das 15 chances de quebra que teve a seu favor.